A falta da vacinação animal pode ser fatal, mas
o excesso, descontrole ou aplicação incorreta
também escondem perigos
Vacinar nossos cães e gatos é fundamental. Nossos amiguinhos estão sujeitos a muitas doenças, algumas bem corriqueiras e outras fatais. Por isso é bom estar a par das necessidades de vacinação do seu animal de estimação. As vacinas mais importantes precisam ser administradas quando o peludo ainda é um filhotinho de trinta ou 45 dias. Normalmente são três ou quatro doses administradas com intervalos de 21 a 30 dias. Depois, quando o pet torna-se adulto, a vacina deve ser aplicada uma vez ao ano, dependendo da necessidade. Também é importante saber a diferença entre vacinas polivalentes (ou múltiplas) e monovalentes.
É muito comum, e já faz parte da nossa cultura, administrar vacinas polivalentes para cães (batizadas de V5, V8, V10, dependendo do número de antígenos contidos no medicamento) e as múltiplas para gatos (tríplice, quádrupla ou quíntupla, cuja nomenclatura segue o mesmo raciocínio). Mas há inovações no campo da vacinação. Uma delas é a manifestação de profissionais, especialistas, faculdades de veterinária e até fabricantes de medicamentos na defesa de que o animal deva ser tratado como indivíduo, caso a caso. Portanto, seria muito mais acertado disponibilizar vacinas monovalentes, ou seja, que a imunização fosse realizada separadamente, doença por doença. Mas por quê?
Seria mais acertado disponibilizar vacinas monovalentes, ou seja, que a imunização fosse realizada separadamente, doença por doença
Cães que vivem na cidade têm características diferentes daqueles que vivem no campo, além de permanecerem em ambientes muito distintos. Da mesma forma, os gatos que vivem soltos em uma casa e frequentam as ruas livremente, não têm as mesmas necessidades de imunização que os gatos de apartamento, que vivem confinados. Sem falar do fato de que uma vacina múltipla ou polivalente pode conter medicação desnecessária para algum indivíduo propenso a desenvolver tumores e alergias.
Vacinas e doenças, cães e gatos
Para os cães, são imprescindíveis as vacinas contra cinomose, parvovirose, hepatite e raiva. Para os gatos, as indispensáveis são contra a rinotraqueíte e panleucopenia. Contudo, a maioria dos cães vacinados recebe alguma polivalente, como V10, por exemplo, que age contra a cinomose, parvovirose, coronavirose, adenovirose, parainfluenza, hepatite infecciosa canina e quatro tipos de leptospirose: Leptospira canicola, Leptospira icterohahemorrhagiae, Leptospira grippotyphosa e Leptospira pomona.
A vacina quíntupla, para gatos, protege contra calicivirose, leucemia felina e Chlamydia psittaci, além das outras duas doenças citadas acima. No Brasil, tanto cães quanto gatos têm vacinação anual obrigatória contra a raiva, que é monovalente. Existem três outras vacinas monovalentes no mercado: uma contra a tosse dos canis, outra contra a giardíase e outra contra a leishmaniose.
Para a giardíase, há que se ter um cuidado especial: sua eficácia tem relação estreita com a ausência de vermes no intestino do cão. Um bom motivo para marcar uma consulta no veterinário e realizar exames, antes de qualquer coisa. A leishmaniose é outra doença que acomete cães e gatos. Trata-se de uma zoonose, isto é, contagia tanto animais quanto humanos. É uma doença que só pode ser transmitida pela picada do flebótomo, que é o mosquito palha. Há pouca documentação sobre a leishmaniose em gatos, portanto todo cuidado é pouco.
As vacinas opcionais precisam ser consideradas conforme o risco ao qual o animal é exposto, com base no estilo de vida dele e na distribuição geográfica da doença
Em 1998, a American Association of Feline Practitioners (da mesma forma que o fez a American Animal Hospital Association, em 2003) apresentou recomendações para a vacinação em cães e gatos. Tais instituições aderiram a uma classificação de vacinas em três grupos: vacinas essenciais, opcionais e não recomendadas. As essenciais são as indicadas para todos os filhotes com histórico de vacinação desconhecido: raiva, cinomose, parvovirose e adenovírus 2.
Decidiu-se que as vacinas opcionais precisam ser consideradas conforme o risco ao qual o animal é exposto, com base no estilo de vida dele e na distribuição geográfica da doença. Entre essas vacinas figuram as que previnem bordetella, parainfluenza, quatro variações de leptospirose (raras em muitas regiões, mas não menos importantes) e cinomose.
Foram classificadas como não recomendadas as vacinas contra a giardíase, dermatofitose, coronavirose e adenovirose tipo II. As vacinas não recomendadas previnem contra doenças que não têm um significado clínico relevante ou cujo tratamento funciona rapidamente. Também são não recomendadas quando a eficácia da vacina é questionável ou, ainda, quando os riscos de efeitos colaterais sobrepõem-se aos benefícios que possa causar.
Tudo isso é um bocado de informação para donos comuns de cães e gatos. O melhor, portanto é sempre consultar um profissional veterinário. O Vet Plus – Hospital Veterinário, é um centro de referência em animais de companhia, com atendimento 24 horas. Visite-nos na R. Anita Garibaldi, 924 – Bairro Anita Garibaldi, em Joinville. Será um prazer receber você e seu melhor amigo.
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