Saiba o que significa essa característica anatômica em algumas raças

Pouca gente repara as diferenças na anatomia das raças de cães. Essa diversidade anatômica está relacionada com vários aspectos da vida do animal. Um deles é a saúde canina. O peito profundo, por exemplo, uma característica anatômica de raças como Doberman e Greyhound, está fortemente relacionado com a Síndrome de Dilatação Vólvulo Gástrica. Os tutores de animais acometidos pela síndrome precisam ficar muito atentos, uma vez que a síndrome, popularmente conhecida como torção gástrica, é uma emergência veterinária e ocorre preponderantemente em cães de grande porte.

O tórax avantajado tem mais espaço para os órgãos internos do cão e predispõe a dilatação e giro do estômago em torno de si mesmo. Assim, a fermentação é intensificada e os gases e alimentos ficam aprisionados em seu interior. O cão pode entrar em choque e morrer em poucos minutos. É recomendado, portanto, evitar que o cão fique agitado logo após a refeição. Para prevenir o problema é melhor alimentar o pet em várias porções diárias.

Cães com peito profundo têm mais predisposição à torção gástrica, que é uma emergência veterinária

Os cães de peito profundo possuem um tórax estreito lateralmente e pronunciado longitudinalmente, ou seja, o peito se estende para baixo na direção dos cotovelos, podendo até ultrapassá-los. Essa conformação nem sempre é natural. A exemplo de cães de corrida, como os Greyhounds e Whippets, algumas raças possuem o peito profundo devido a aprimoramentos feitos por criadores com algum objetivo específico.

No caso dos Greyhounds, a caixa torácica propicia mais espaço ao coração e que os pulmões se estendam ao máximo, aumentando o desempenho esportivo do animal. Entretanto, o espaço maior na cavidade abdominal do cão permite que o estômago se movimente com mais liberdade, favorecendo a torção. Observa-se o peito pronunciado também em Dachshunds, Irish Wolfhounds, Dogue Alemão, Setter, Pastor Alemão, São Bernardo, Fila Brasileiro e outras.