Chegou o verão! E nós preparamos as melhores dicas de cuidados com os pets! Olha só:
Transpiração
A primeira coisa a saber é que, diferente de nós, os pets não apresentam muitas glândulas sudoríparas, responsáveis pela produção do suor e regulação da temperatura corporal. Para os cães a transpiração ocorre pela boca e os coxins (almofadinha da pata). Já nos gatos é pelos coxins, lábios, ânus e queixo.
A respiração é a única forma que eles têm de controlar a temperatura. Por isso que os cãezinhos ficam tão ofegantes no calor e os bichanos se lambem mais, como forma de resfriar o corpo. Mas, como nenhum desses métodos é tão eficaz quanto a transpiração para abaixar a temperatura, tanto cães quanto gatos ficam suscetíveis a entrar em um processo chamado de hipertermia.
Entenda o que é a hipertermia
A hipertermia é caracterizada por um aumento da temperatura corporal, podendo atingir até 42ºC. Entre os sintomas estão vômito, diarréia, exaustão, formação de coágulos, edema pulmonar, coma e parada cardíaca.
O risco de desenvolver essa doença é ainda maior em pets que sofrem de obesidade, que já estão idosos ou cães braquicéfalos – nome dado aos cachorros de focinho curto, como os Bulldogs, Pugs, Boxers, Lhasas Apso, Boston, entre outros.
9 dicas de cuidados com pets no verão
Para evitar que o seu pet desenvolva hipertermia ou outros mal-estares associados ao calor é importante prestar atenção nas seguintes dicas:
1. Em passeios, tenha cuidado com o chão muito quente
Se andamos descalços em dias muito quentes, queimamos nossos pés. Isso também acontece com os pets. Os coxins, que são as almofadinhas das patas, possuem a gordura que ajuda na regulação e isolamento da temperatura, mas somente isso não é suficiente.
A queimadura na região, quando muito grave, pode levar a infecções. Nesses casos é comum o aparecimento de cortes, deslocamento do coxim e até mesmo bolhas. O tratamento pode ser lento justamente por ser o local que sempre está em contato com o solo.
Se perceber a descamação na região, uma opção é usar óleo de coco. Mas, caso perceba que seu pet sente dor, dificuldade para andar e sangramento, procure um profissional. Os coxins costumam ser mais moles em pets que só andam em superfícies lisas, por isso, de vez em quando procure passeios em calçadas.
Por isso: deixe os passeios para o início da manhã ou o fim da tarde, quando o sol é mais ameno. O ideal é passear antes das 10h ou depois das 16h. Se possível, prefira locais com grama, pois o asfalto tende a esquentar demais, podendo causar lesões e queimaduras na patinha do seu amigo.
2. Lembre-se de checar se o seu pet está bem hidratado
A água é essencial para a hidratação e controle da quantidade de líquido corporal. Com as temperaturas altas é comum que a respiração de cachorros e gatos aumente pois é uma forma de liberarem o excesso de calor. Isso faz com que percam líquido, podendo causar um quadro de desidratação.
Alguns pets costumam tomar menos água durante o verão, então, tornar a ingestão de líquidos mais atrativa é uma forma de controlar isso. Aqui vão algumas opções para o seu peludo:
- Troque a água várias vezes ao dia para evitar que esquente
- Espalhe potes de água pela casa
- Coloque pedrinhas de gelo para refrescar a água
- Aposte na água de coco. Alguns pets amam! Mas lembre-se de que ela não substitui a água normal
Ah, e mais uma dica, para verificar se o seu pet está bem hidratado basta verificar se os olhos estão umedecidos e brilhantes, caso a resposta seja positiva é sinal que tudo está bem com o seu amigo.
3. Banhos e tosas são bons, mas nada de exageros!
Banhos e tosas são formas de tornar a vida dos nossos peludos mais fresquinha. Mas é preciso cuidado, o exagero também pode ser prejudicial. Lembre-se que banho demais retira parte da proteção natural da pele do pet.
Inclusive banhos frios em seguida de passeios podem levar a hipotermia pelo choque térmico que o organismo do pet recebe. O ideal é que espere um pouco até levar ao banho.
Com relação às tosas, a pelagem ajuda na regulamentação da temperatura corporal e é o que protege o animal. Se retiramos com muita frequência ou totalmente estamos deixando que fiquem mais expostos até mesmo a queimadura.
Então, os banhos estão liberados uma vez por semana, ok?
4. Cuidado com os parasitas
No verão é comum o aparecimento de alguns parasitas, principalmente pela umidade, que faz com que a proliferação de pulgas e carrapatos, por exemplo, seja mais fácil. Por isso, tenha cuidado com os locais que o seu pet frequenta e garanta que ele está bem protegido.
Alguns veterinários indicam o uso de produtos ectoparasitas no próprio banho. Por isso, é essencial que sempre converse com um profissional sobre isso. As temperaturas quentes também são propícias ao aparecimento de mosquitos que causam a Dirofilariose e a Leishmaniose, e moscas que podem levar ao surgimento de bernes
Fique de olho na pelagem do seu animal, se há muita coceira, marcas ou manchas vermelhas.
5. Não exagere com ventiladores e ar condicionado
Nos dias quentes é comum o uso do ventilador e ar condicionado para equilibrar o clima do ambiente. Muitas vezes nossos pets também estão nesses lugares e por isso precisamos tomar cuidado para não exagerar nas temperaturas frias. Quando acabam passando por mudanças muito bruscas na temperatura corporal podem ter a hipotermia e pelo vento problemas respiratórios, como a tosse canina no caso dos cachorros.
- Não deixe o ventilador ou ar condicionado diretamente no seu pet
- Evite colocar na velocidade máxima ou em temperaturas muito baixas
- Limpe sempre o filtro do ar condicionado
6. Praias e piscinas
Sabemos que alguns pets adoram dar uma nadadinha principalmente no verão, não é mesmo? Antes e após entrarem na piscina é preciso de alguns cuidados. Primeiramente porque a água precisa estar adequada para que possam tomar banho, normalmente piscinas possuem muitos produtos químicos, como o cloro, que são prejudiciais aos animais. Então sempre verifique se a piscina está apta para receber um animal, com cloro e pH controlados.
Além disso, para uma experiência melhor, sempre esteja ao lado do seu pet e não o deixe sozinho. Nem todos os peludos são tão adeptos à água, por isso, deixe que entre por vontade própria. Os coletes salva-vidas também são boas opções. Já na hora da saída, garanta que o seu amigo está bem seco e tome cuidado com as regiões do ouvido, que são mais sensíveis.
Em relação às praias, o primeiro passo é verificar se ela aceita a entrada de animais, pois nem todas permitem. Vale lembrar que nem todo pet é adepto a areia e também é nesse local que entram em contato com parasitas. Por isso, levá-los à praia somente quando eles estiverem bem protegidos, ok?
7. Cuidado com a exposição no sol
Os pets realmente precisam estar em contato com o sol para manterem o corpo saudável, mas no verão a melhor opção são os horários mais amenos (antes das 10h e depois das 16h) e também nada de exageros. O calor excessivo pode fazer com que os peludos sofram de hipotermia por insolação.
Nesses casos a elevação na temperatura corporal do animal desregula a ações das células do corpo que agem para garantir o equilíbrio na respiração e transpiração. Tenha cuidado com a presença de vômitos, fraqueza, salivação, ofegação, convulsão e muita sede.
Além disso, os raios ultravioletas são prejudiciais aos pets e uma das influências para o desenvolvimento do câncer de pele. Alguns animais, inclusive, podem precisar lidar com o aparecimento de manchas vermelhas e alergias no corpo ao entrarem em contato com o sol muito forte.
Prefira realizar passeios e a exposição ao sol fora dos horários mais quentes. Mas caso saia nesse período, procure ir em locais com bastante sombra, árvores e gramado.
8. Nada de deixar seu pet sozinho no carro
A gente não deixa bebês trancados sozinhos, e com nossos peludos não é diferente.
Os carros acumulam interiormente uma grande quantidade de calor. Quando nós estamos em ambientes muito quentes suamos, mas lembra que falamos dos pets terem menos glândulas sudoríparas? Isso diminui a quantidade da transpiração e faz com que os pets sintam mais calor.
Inclusive esses episódios podem resultar em hipotermia e até mesmo óbito. Por isso, tenha atenção e não esqueça o seu pet dentro do carro.
9. Vacinas em dia
Antes de passear ou sair para viajar confira a carteirinha de vacinação do seu peludo. Como já citamos acima, é essencial que estejam bem protegidos dos parasitas que atacam durante o verão.
Nesse período é comum os pets terem contato com outros pets em ambientes como praias e parques, por isso a vacinação em dia é essencial para a prevenção dos cães e gatos.
EXTRA! Protetor solar em pets?
A resposta é SIM, VOCÊ PODE APLICAR. O protetor solar também é um cuidado especial para os cuidados com pets no verão. Ele contribui para evitar o aparecimento de doenças na pele, como o câncer, e seu uso é recomendado, principalmente, para animais que passeiam muito, possuem pelos curtos ou pelagem branca.
Mas atenção, o protetor solar deve ser EXCLUSIVO para pets. O recomendado é que passe nas regiões de menos pelo, como orelhas e focinho, 30 minutos antes do peludo entrar em contato com o sol.
Outros cuidados com pets no verão
Além dos cuidados com a saúde e bem-estar dos peludos, outra questão importante sobre cuidados com pets no verão refere-se às possibilidades de viagens. Por isso, preparamos informações sobre como agir nos casos em que você vai viajar, mas não pode levar o seu peludo, assim como dicas e possibilidades para os momentos em que o pet vai acompanhar sua família durante as viagens.
Proporcione um verão divertido e bem hidratado ao seu pet
Junto com os cuidados podem vir muitas brincadeiras com os pets no verão, né? Lembre-se de que manter seu amigo bem refrescado e hidratado é o primeiro passo para que tenham bons dias de calor.
Caso o seu pet precise de cuidados especiais nesse período, o Vet Plus está pronto 24h para atender você e ele! Marque uma consulta pelo (47) 3032-1200, ou nos mande um WhatsApp no (47) 99158-5501.
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