Ter um pet é ficar atento aos menores sinais de mudança. Assim como um bebê, o cão ou o gato não podem verbalizar o que estão sentindo, mas transparecem no comportamento se algo não está certo. A esporotricose, ou doença da roseira, quando avançada, faz com que os bichinhos fiquem com falta de apetite, sintam cansaço, espirrem, tenham secreção nasal e febre, além de ficarem apáticos e apresentarem feridas na pele. 

Apesar de ser mais comum em gatos, que geralmente têm mais acesso à rua, também atingem os cães. Por ser uma zoonose, a esporotricose é transmitida ao ser humano. Assim, se o seu bichinho está com a doença, é necessário ter cuidados especiais para não se contaminar. Entenda mais sobre a doença, sua progressão e como tratá-la:

O que é a esporotricose e como o animal se contamina?

Causada pelo fungo Sporothrix schenckii, a esporotricose é uma micose subcutânea, ou uma “micose profunda”, que adentra na pele do animal por meio de cortes e feridas abertas (por isso o nome doença da roseira). 

O contágio ocorre quando os animais entram em contato com esse fungo que fica no ambiente. Assim, a transmissão pode acontecer pelo método de transmissão padrão (quando o fungo entra em um ferimento aberto), ou por meio de um machucado causado por cascas de árvores, farpas, ou ainda por arranhões (já que o fungo pode ficar nas unhas de bichos saudáveis). 

Além de cortar e higienizar as unhas e patas dos bichinhos, também é preciso prestar atenção para não se contaminar com a secreção da pele lesionada de animais infectados.

O fungo transmissor da esporotricose se adapta melhor a ambientes quentes, por isso é comum no Brasil. Pode ser encontrado em diversos lugares, como na terra, em jardins ou matas, ou ainda em locais com pouca higiene, como lixões.

Quais são os sintomas da esporotricose?

A principal evidência da esporotricose nos cães são as lesões na pele que não cicatrizam e pioram rapidamente. Geralmente elas aparecem também em outras regiões como mucosas, pulmões, ossos, articulações e sistema nervoso central. A doença é pior para os bichanos, nos quais evolui rapidamente passando pelos seguintes estágios:

  • Forma cutânea: nesse momento aparece um nódulo avermelhado. É possível que ocorram secreções que lembram abcessos e feridas causadas por brigas. Atente-se para a face,  nariz, base da cauda e pernas, normalmente são nessas regiões que aparecem as lesões múltiplas ou solitárias;
  • Forma linfocutânea: os nódulos se tornam úlceras com secreção na pele. Nesse estágio há comprometimento do sistema linfático; 
  • Forma disseminada: no último estágio ocorrem lesões ulceradas generalizadas no animal, além de apatia, febre, falta de apetite e alteração no trato respiratório. Aqui a doença atinge os órgãos internos do animal e pode levar a óbito.

Quando houver a menor suspeita da doença, procure imediatamente um veterinário, pois quanto mais cedo for diagnosticada a esporotricose, maior será a chance de cura e menor a propensão à transmissão.

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Como tratar a esporotricose?

A esporotricose pode ser facilmente confundida com outras enfermidades, como leishmaniose ou herpes. Assim, somente um profissional conduzirá um diagnóstico exato. 

É interessante que o tutor  relate o histórico do animal em relação a brigas ou ao contato com a terra. Os exames mais usados para o diagnóstico são as biópsias, exames de sangue e a raspagem de pele.

Quais cuidados tomar com animais infectados?

  • Desinfectar o ambiente com hipoclorito de sódio sob a orientação de um médico veterinário;
  • Separar o animal doente de outros pets sadios;
  • Usar luvas descartáveis ao manusear o pet;
  • Fazer assepsia em todas as pessoas que tiveram contato constante com o pet;
  • Caso o pet venha a óbito, ele não deve ser enterrado em qualquer lugar, e sim cremado

O que fazer para prevenir a esporotricose?

As formas de controle e prevenção da esporotricose se baseiam na adoção de medidas higiênico-sanitárias. Assim, há redução dos riscos de transmissão do fungo para outros animais e para humanos. 

É fundamental ressaltar que os animais doentes devem ser mantidos em isolamento e tratamento até estarem curados.  

Considerando que a esporotricose é mais comum nos gatos, que também são os principais disseminadores da doença, as medidas abaixo se referem majoritariamente ao felinos:

  • Castre o seu gato o quanto antes para evitar que eles fujam de casa. Nesse mesmo sentido, proteja as janelas com tela de proteção;
  • Mantenha o ambiente sempre limpo;
  • Evite a criação de vários e gatos em espaços apertados;
  • Ao tratar de um animal contaminado em tratamento, use luvas descartáveis para tocar nele. Depois, lave bem as mãos e higienize bem o ambiente;
  • Corte e higienize unhas e patas dos bichinhos;
  • Não deixar os animais com histórico de serem “briguentos” sem supervisão;
  • Por fim, lembre-se de levar o pet regularmente ao veterinário.

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