Entenda o processo de substituição dos dentes de leite pelos definitivos
É recomendável que você traga seu pet ao Vet Plus preventivamente uma ou duas vezes ao ano, independentemente de qualquer doença. Isso deve incluir um exame bucal. A doença (na gengiva) é muito recorrente entre cães e gatos e, se não for tratada, pode levar a outros problemas de saúde, no coração, rins e fígado. Bom saber, portanto, alguns detalhes sobre a troca dos dentes em cães e gatos.
O momento em que eles perdem os dentes de leite (ou dentes decíduos) para dar lugar aos permanentes ocorre quando o pet atinge uma idade entre quatro e seis meses. Os primeiros dentes são afiados e pontiagudos, têm uma aparência frágil, mas podem machucar durante aquelas brincadeiras que os filhotes adoram fazer. Os dentes permanentes são mais robustos e brilhantes. Eles devem possibilitar ao pet uma mastigação tranquila até o fim da vida, pois não existe uma terceira dentição.
A troca de dentes nos gatos e cães ocorre quando o pet atinge uma idade entre quatro e seis meses
A fase da troca pode acarretar algumas alterações de comportamento ao pet, como deixar de comer determinados alimentos ou perder o apetite. É um momento em que o bichinho poderá ter sangramento nas gengivas e mau hálito, temporariamente. Não é comum notar a troca de dentes acontecendo nesses animais, uma vez que os decíduos quase sempre são engolidos. Por vezes, é possível encontrar um dente perdido pela casa, entre os cobertores do pet ou mesmo nas fezes.
Existem animais que não trocam os dentes integralmente: é quando observamos a dentição dupla, sobretudo nos caninos superiores, inferiores, incisivos ou nos dois. Os cães da raça Maltês, Poodle, Yorkshire, e outras de pequeno porte, desenvolvem mais comumente os “dentes de tubarão”, que é a erupção dupla dos incisivos. Como consequência, ocorre maior acúmulo de restos de comida e o aparecimento de tártaro e mau hálito.
Entre os cães, os dentes de leite surgem a partir dos vinte dias de vida até a quinta semana. São 28 dentes temporários que serão substituídos, mais tarde, por 42 dentes permanentes. Com sete ou nove meses, o cãozinho terá todos os seus dentes substituídos: doze incisivos, quatro caninos, dezesseis pré-molares e doze molares. Nos gatos, os dentes de leite (decíduos ou temporários) totalizam 26 e erupcionam das gengivas quando ainda têm três ou quatro semanas de vida. Os dentes decíduos, por serem tão afiados, causam algum desconforto às mamães, até que os filhotes desmamem, o que será um alívio para elas.
Os donos também sofrem um pouquinho, já que o incômodo com a troca dos dentes estimula o animal a roer todo tipo de objeto a fim de encontrar alívio para as dores ou coceiras nas gengivas.
É mais difícil notar detalhes nos dentes dos gatos, que não costumam mostrar muito suas arcadas
Lá pelo terceiro ou quarto mês de vida, os gatinhos começam a perder sua primeira dentição, que será substituída completamente até os oito ou nove meses por um conjunto de trinta dentes, em vez de 26: quatro caninos, doze incisivos, dez pré-molares e quatro molares. Exceto por influência de alguma doença ou problemas bucais, esse conjunto de dentes deverá permitir que o pet mastigue sem problemas até sua velhice.
Os gatos tendem a ser mais discretos em questões dentárias. Diferentemente dos cães, que mostram os dentes a todo momento, os gatos os deixam à mostra quase exclusivamente durante bocejos. Mas, se você notar que seu felino perdeu um dente, é recomendável que se apresse em examiná-lo e conferir se alguma coisa o aflige.
Causas de perda
O momento da substituição dos dentes não é o único que merece a atenção do dono. É recomendável verificar as arcadas dentárias dos pets periodicamente, para conferir se não existe algo fora do comum.
É possível que seu gato ou cão quebre um dente, tal qual um humano que tem o infortúnio de morder um pêssego com muita força e se depara com a dureza do caroço. Também é provável que a perda ocorra por conta de alguma doença.
A doença mais comum relacionada a dentes em cães e gatos é a periodontal (doença da gengiva). De acordo com a Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia, do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo, “a principal alteração que acomete a cavidade oral de cães e gatos é a doença periodontal (DP) com prevalência de 85% dos animais”.
A doença periodontal ocorre em 85% dos cães e gatos e pode levar a complicações de saúde relacionadas ao coração, fígado e rins
Quando a placa bacteriana, uma película que surge próxima à raiz do dente, mistura-se com a saliva e pedaços de comida, ela começa a endurecer e irá se transformar em tártaro, caso não seja removida. O tártaro não removido, acumulado no dente em volta da linha da gengiva, pode provocar irritações por causa das toxinas bacterianas. Os dentes do pet podem afrouxar, quando a infecção invadir a gengiva, ligamentos e ossos que os sustentam. Em casos mais radicais o animal pode até sofrer enfraquecimento excessivo do osso e fratura da mandíbula.
Animais que estão sofrendo de gengivite, dor de dente ou outros problemas orais têm um hálito fétido e azedo. Por vezes poderão lamber-se excessivamente, babar muito ou parecerem impossibilitados de fechar a boca. Outro sinal de problemas é quando o pet passa a comer menos do que o normal ou a não comer, por causa da dor ao mastigar.
Se o pet está com a gengiva sangrando, com dentes apresentando cor anormal (esverdeada, cinza ou marrom) ou tem lesões na boca, traga aqui ao Vet Plus. A situação sugere uma limpeza completa e remoção do tártaro. Se o animal está com um dente quebrado ou abscesso (processo inflamatório caracterizado pelo acúmulo de pus), é provável que necessite de uma extração.
Prevenção
Para evitar problemas bucais em pets, é sempre bom seguir uma rotina disciplinada de higiene dentária apropriada e consultas semestrais ou anuais para verificar a saúde do animal. O veterinário pode sugerir uma pasta de dente especial e algum alimento ou ração seca para ajudar na remoção da placa bacteriana.
A limpeza anual dos dentes, executada por profissionais, e a aplicação de sprays fitoterápicos também irão ajudar. Se você tem um filhote, inicie a escovação ainda no período em que ele apresentar os decíduos, massageando as gengivas com cuidado.
Mesmo que o pet seja adulto, ainda é possível iniciá-lo e habituá-lo à escovação, mas isso vai demorar um pouco mais e irá requerer alguma paciência. Procure obter o material adequado necessário, como uma escova especial para animais de estimação (algumas encaixam no dedo, feitas de borracha) ou gaze estéril, que pode ser usada para a limpeza. Há pastas de dente veterinárias saborizadas de acordo com as preferências dos pets. Nunca use pasta de dente humana, que possui ingredientes nocivos aos animais.
Se precisar de qualquer outra instrução, marque uma consulta para o seu melhor amigo aqui.
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