A parvovirose, também conhecida pelo nome de Enterite Canina Parvoviral, é altamente contagiosa e causada por um vírus DNA que pertence ao gênero Parvovirus, família Parvoviridae. Nos cães essa enfermidade geralmente é fatal, com uma taxa de mortalidade que chega aos 80%. Comumente, ataca mais animais jovens do que adultos, pois ainda não possuem a imunidade adquirida naturalmente com o passar da idade.
Os vírus do gênero parvovírus não ameaçam seres humanos, essa doença também chamada “Parvo”, é uma doença dos cães que é especialmente severa em cachorros e que afeta o trato gastrointestinal. Alguns sintomas são a diarreia, vômito, febre e uma diminuição da capacidade do animal lutar contra as infecções. Raças como doberman, pinscher, rottweilers e cães de raças nórdicas (huskies, malamutes, etc) são os mais susceptíveis à doença, embora qualquer animal independentemente de raça ou cruzamento possa contrair e morrer vítima dessa doença.
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Como se transmite?
A doença pode ser contraída através da ingestão de substâncias infectadas pelo vírus ou via aerógena, a partir do contato com ambientes contaminados. Os parvovírus multiplicam-se no trato gastrointestinal dos cães infectados, que durante a infecção podem liberar mais de um bilhão de vírus por cada colher de chá de fezes que produzem.
Trata-se de um vírus tão resistente que sobrevive mais de 6 meses no ambiente, sendo impossível de o eliminar do solo sem matar toda a sua vegetação. Normalmente os cachorros contraem a doença através do solo contaminado por matérias fecais, sendo que os primeiros sintomas são vistos cerca de 4 a 14 dias após a infecção.
Quais são os sintomas da parvovirose?
Os primeiros sinais da doença são depressão, perda de apetite e febre, cerca de 1 a 2 dias depois começam os vômitos e a diarreia que, progressivamente, começa a apresentar cada vez mais sangue. Estes sintomas progridem muito rapidamente para desidratação e morte em animais severamente afetados. Os cachorros entre as 6 e 8 semanas de idade têm a maior taxa de mortalidade.
As cadelas imunizadas por vacinação passam alguns anticorpos (defesas internas) para os filhotes através do leite, o que poderá protegê-los durante as primeiras semanas de vida. Após este período o cachorro está dependente das suas próprias defesas para combater a infecção.
Como se trata?
Os cachorros com parvovirose desidratam muito facilmente, uma vez que perdem grandes quantidades de líquidos através do vômito e da diarreia. É crucial que estes animais recebam fluidos intravenosos (soro) para compensar as perdas, assim como medicação para tentar travar os vômitos (antieméticos).
Para além da perda de fluidos, proteínas e eletrólitos (íons), o vírus destrói as células da barreira intestinal fazendo com que as bactérias do intestino passem para o sangue (sepse). Isto faz com que seja necessário administrar antibióticos para matar as bactérias na corrente sanguínea. Além de tudo isto os parvovírus danificam a medula óssea, onde são produzidos os glóbulos brancos, diminuindo brutalmente o número de neutrófilos (um tipo de glóbulos brancos) que são essenciais para a destruição das bactérias invasoras.
É esta disfunção imunitária, além da desidratação, que podem acarretar na morte do pet, caso ele não receba a assistência especializada e adequada. A prevenção se dá por meio de vacinação, que deve ser iniciada aos 45 dias de idade do pet.
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