A leucemia viral felina, ou FELV (Feline leukemia vírus), é uma doença que acomete gatos do mundo todo.
Por não ter cura, a FELV é uma das maiores preocupações dos tutores de bichanos. Considerada uma doença grave, assim como nos humanos, a leucemia felina enfraquece o sistema imunológico e está associada ao linfoma, um tipo de câncer que pode levar o pet à morte.
Nesse artigo você conhecerá os principais sintomas, tipos e modos de prevenção para proteger o seu bichano desse vírus. Boa leitura!
Diagnóstico e sintomas da FELV
Os sintomas da leucemia felina são bastante parecidos com outras doenças: febre, dificuldade respiratória, anemia, problemas estomacais, entre outros. Vale ressaltar também que a FELV pode não apresentar sintomas na sua fase inicial. Por isso, é importante consultar profissionais veterinários assim que o gato apresentar qualquer alteração no comportamento.
Em caso de suspeita da presença do vírus, são realizados exames laboratoriais, como o PCR (Proteína C Reativa) ou o teste de antígenos Elisa (Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay). O diagnóstico precoce é fundamental para evitar o contágio em gatos não infectados.
Os sintomas da FELV podem variar, dependendo de muitos fatores, como a cepa viral a que ele foi exposto, o tempo dessa exposição, a idade do felino e o seu estado de saúde. Alguns gatos podem apresentar, inclusive, uma resposta imune positiva quando entram em contato com a doença, ou seja, o organismo do bichano pode conseguir eliminar o vírus.
Por outro lado, com a produção ineficiente de anticorpos, a FELV pode progredir, levando a estágios mais graves da doença, atingindo a medula óssea, e se disseminando para o organismo. Nesses casos, podem aparecer sinais mais graves como problemas neurológicos, distúrbios hematológicos, paralisia e linfoma.
Apesar da FELV não atingir os gatos da mesma forma, a imunossupressão causada pela presença do vírus faz com que o bichano infectado fique vulnerável a outras doenças.
As categorias da FELV
As categorias da FELV são classificadas conforme a gravidade e evolução da infecção, conheça-as a seguir:
Regressiva
Nessa categoria a FELV é chamada de “viremia transitória”. Nesse estágio inicial, o sistema imunológico do gato trabalha para expelir o vírus e consegue erradicar a doença.
Progressiva
Nessa classificação o organismo não conseguiu combater o vírus e alguns sintomas costumam surgir, daí o nome “viremia persistente”.
Latência
Nessa fase o bichano pode apresentar diversas complicações de saúde, e mesmo que o vírus não esteja presente na corrente sanguínea, poderá ser encontrado na medula óssea do gato.
A transmissão da FELV
Como o vírus da leucemia felina está presente na saliva e nas secreções corporais do bichano, hábitos de higiene, como as famosas lambidas nos seus companheiros, podem transmitir a doença. O compartilhamento de bebedouros e comedouros, além de espirros e mordidas, também podem ser perigosos.
Outra via de infecção possível é a de mãe para filho, durante a gestação ou pelo consumo do leite materno pelos filhotes.
Porém, a FELV não é transmitida pelo respiro do mesmo ar, e o risco de transmissão pelo meio ambiente é muito baixo. Uma limpeza com alvejante, álcool e detergente comum elimina facilmente o vírus.
Cuidados indicados e prevenção contra a FELV
Evitar o acesso à rua e o contato com outros peludos não testados é a melhor forma de prevenir que o gato contraia o vírus. Os gatos com FELV também devem permanecer em ambientes fechados para evitar a exposição a outras doenças e a disseminação da infecção.
Assim, uma das medidas preventivas é a própria castração, diminuindo as chances de fugas, cruzamentos e brigas com outros gatos.
Apesar de não ter cura, os bichanos infectados podem ter uma boa qualidade de vida com os cuidados adequados. Evitar o estresse é um deles, os gatos não gostam de mudanças bruscas, áreas movimentadas e muito barulho. Uma ração de qualidade, além de ser essencial para a saúde, fortalece o sistema imunológico contra possíveis infecções.
O tempo de sobrevivência dos bichanos varia conforme a saúde do organismo infectado, os cuidados dos tutores e o estágio da infecção. Portanto, as visitas regulares ao veterinário são essenciais para monitorar a saúde do peludo. O ideal é que os exames de rotina sejam feitos pelo menos duas vezes por ano.
Como prevenção, não podemos deixar de falar da vacina, é claro. Hoje ela é o melhor meio de proteger os gatos da infecção progressiva por FELV. Aliás, como está a carteira de vacinação do seu pet? Publicamos um artigo com as vacinas que os cães e gatos devem tomar anualmente, conheça todas elas aqui.
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