As doenças causadas por carrapatos representam um risco sério para a saúde dos cães. Esses pequenos parasitas podem transmitir enfermidades graves, causar desconforto intenso e, em casos mais críticos, levar à morte do pet.
Por isso, é essencial que os tutores saibam identificar sinais de infecção, entender como essas doenças se desenvolvem e tomar medidas preventivas para proteger seus pets.
Na primavera e no verão, quando a reprodução dos carrapatos é mais intensa, a atenção deve ser redobrada. Além de causar irritação e coceira, esses parasitas podem transmitir doenças que comprometem órgãos vitais se não forem diagnosticadas a tempo.
Neste artigo, você vai conhecer as principais doenças transmitidas por carrapatos, seus sintomas, formas de prevenção e tratamentos disponíveis para manter seu cão saudável e protegido.
Risco potencial: os carrapatos transmitem diversas doenças diferentes
Carrapatos não transmitem doenças diretamente pelo contato com o cão; eles funcionam como vetores, transportando agentes infecciosos e liberando-os na corrente sanguínea do animal através da picada.
Entre as principais doenças causadas por carrapatos em cães, destacam-se a erliquiose, a babesiose e a doença de Lyme. Cada uma possui características distintas, exigindo atenção especial e, muitas vezes, tratamento veterinário imediato.
A seguir, conheça as particularidades dessas doenças.
Erliquiose canina
Causada pela bactéria Ehrlichia canis, a erliquiose é uma das enfermidades mais comuns transmitidas pelo carrapato-marrom-do-cão (Rhipicephalus sanguineus).
O parasita pica o cão e transmite a bactéria diretamente para o sangue, provocando sintomas como febre persistente, apatia, perda de peso, sangramentos e anemia.
Em casos crônicos, a doença pode evoluir para insuficiência de órgãos e óbito.
Babesiose canina
A babesiose é causada por protozoários do gênero Babesia spp.. Esses agentes invadem os glóbulos vermelhos, causando destruição celular, fraqueza intensa, mucosas pálidas, icterícia e febre alta.
A doença pode ser fatal se não diagnosticada rapidamente. É comum em cães que frequentam áreas externas com vegetação alta, onde o carrapato-marrom-do-cão está presente.
O tratamento envolve medicamentos específicos e monitoramento constante pelo veterinário.
Doença de Lyme
Causada pela bactéria Borrelia burgdorferi, a doença de Lyme é menos comum no Brasil, mas ainda representa um risco, especialmente em regiões com alta presença de carrapatos.
Os sintomas incluem dor nas articulações, dificuldade de locomoção, febre e falta de apetite.
Em cães cronicamente infectados, a doença pode comprometer os rins e outros órgãos, exigindo tratamento prolongado.
Toda espécie de carrapato oferece risco?
Embora nem todos os carrapatos transmitam doenças, algumas espécies são especialmente perigosas.
Conhecer quais são ajuda o tutor a tomar medidas preventivas mais eficazes. Veja a seguir.
Carrapato-estrela (Amblyomma cajennense)
Comum em áreas rurais e periurbanas, o carrapato-estrela é vetor da febre maculosa brasileira. Além da transmissão da bactéria, sua picada provoca dor intensa e inflamação local.
A febre maculosa pode causar febre alta, vômitos, apatia, hemorragias e até óbito, caso não seja diagnosticada precocemente.
Carrapato-marrom-do-cão (Rhipicephalus sanguineus)
É o carrapato mais comum em áreas urbanas e o principal transmissor de doenças como erliquiose e babesiose.
Ele se adapta facilmente a residências, podendo infestar a cama do pet e áreas próximas. Essa espécie apresenta ciclo de vida curto, o que facilita a reprodução rápida e aumenta o risco de transmissão de patógenos.
Outras espécies
Menos frequentes, mas ainda relevantes, são o Amblyomma aureolatum, que também transmite febre maculosa, e o Ixodes spp., ligado à transmissão da doença de Lyme.
Embora sejam menos comuns, ainda exigem atenção, principalmente em cães que frequentam áreas verdes ou trilhas.
Doença causada por carrapato é contagiosa?
Uma dúvida comum entre tutores é se os cães infectados podem transmitir a doença para outros pets ou seres humanos.
A resposta é não diretamente. A transmissão ocorre somente pela picada do carrapato infectado, não pelo contato com saliva, fezes ou sangue do cão doente.
No entanto, os humanos também podem ser picados por carrapatos infectados, principalmente pelo Amblyomma cajennense, responsável pela febre maculosa.
Por isso, é essencial manter a higiene do ambiente, aplicar produtos antiparasitários e verificar regularmente a pelagem do pet.
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Quais são os tratamentos para as doenças causadas por carrapatos?
O tratamento depende do tipo de doença identificada. Em geral, envolve medicamentos específicos como antibióticos ou antiparasitários, além do controle ambiental da infestação.
Produtos tópicos, coleiras e sprays podem ajudar a manter o carrapato longe do pet, mas não substituem a visita regular ao veterinário.
O diagnóstico precoce é crucial. Exames de sangue e testes sorológicos permitem identificar infecções antes que sintomas graves apareçam, aumentando as chances de cura e evitando complicações fatais.
Doenças de carrapato podem ser fatais?
Sim, infelizmente. Tanto a erliquiose quanto a babesiose podem evoluir rapidamente para falência orgânica se não houver tratamento adequado.
Mesmo a doença de Lyme, quando não controlada, pode causar complicações crônicas. Por isso, qualquer sintoma suspeito como febre, apatia, mucosas pálidas, falta de apetite, deve ser motivo para buscar atendimento veterinário imediatamente.
Ao menor sintoma, leve seu cãozinho imediatamente para o atendimento veterinário!
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